Capítulo 1 : entre tartarugas e cágados

 Acho desnecessário dizer o quão absurdamente grande é o universo sob o qual habitamos. Você provavelmente já deve ter ouvido falar sobre isso proporcionalmente entediado enquanto ainda frequentava a escola quando garoto. Mas o fato é que o universo é tão grande e existem tantas possibilidade para o que pode estar acontecendo a cada instante ao mesmo tempo que é praticamente impossível definir tudo isso em apenas um número. Ele pode ser enquadrado nas categorias A - muita coisa está acontecendo no universo agora ou B basicamente não está acontecendo muita coisa no universo agora. Tudo isso é uma questão de perspectiva. Estar acontecendo 1,568 quadrilhões de coisas neste exato momento seria muita coisa comparado ao possível número existente de seres vivos que habitam as mais distantes e longínquas galáxias de sua localização momentânea? O fato de acreditar na existência ou não de tais seres jamais iria impossibilitar o acontecimento de tais atos simultâneos ou sequer mesmo de sua existência. Essa crença apenas de fato demonstra sua perspectiva de compreensão (ou não) de todo o universo. Alguns cientistas de alguns planetas dos quais jamais ouviremos falar possivelmente já tentaram calcular quantas coisas acontecem simultaneamente na nossa realidade mas antes que chegassem a uma conclusão matemática decidiram investir seu tempo, não tão precioso assim, em decifrar o porquê de existirem seres humanos que conseguem ouvir o som de gaita de foles e ainda por cima julga-lo agradável. Parece absurdo esse acontecimento? Sim, mas isso não anula sua possível existência. Isso é viver em um universo infinito, praticamente qualquer ato independente do quão estúpido seja é possível pois jamais poderemos ter total conhecimento do que acontece lá fora.
 A relevância desse aspecto levantado sobre as ações temporárias e simultâneas no universo foi exaustivamente exemplificada com o único propósito de fazer você pensar no quão vasto é o universo e quantos seres vivos estão habitando nele neste momento e fazendo, desde as coisas mais interessantes, até as mais inacreditáveis.A história que vem a seguir é mais uma dessas situações que pode ter ocorrido a qualquer momento de nossas vidas ou ainda está por acontecer e possivelmente seria registrado nos livros da história por algum historiador com uma vida não tão interessante assim.


Podemos dizer que era uma noite comum. Estrelas no céu, todos os luares e planetas em seus devidos lugares, a bebida estava gelada, o bar flutuante estava cheio com várias naves espaciais estacionadas, a stripper de 4 metros e cabelos prateados de larigon estava chorando em um canto por ter perdido sua licença para dar aula a crianças cegas na 8° lua de bluths, alguns super heróis aposentados se perguntavam porque diabos não falam pra todo mundo que eles tem super poderes e alguns aliens aleatórios tinham discussões aleatórias sobre temas aleatórios que começavam amigavelmente mas acabavam terminando geralmente em guerras inter planetárias. Uma curiosidade interessante é que isso geralmente acabava dando origem a algum documentário meia boca na televisão aberta no qual sempre diziam que a origem dessa guerra se deu a uma discussão em uma boate sendo que geralmente eram em bares.
 Bom é uma noite comum para alguém em algum lugar.
 Aqui está nosso personagem principal, deitado no chão do bar totalmente bêbado, acabando de terminar seu drinque que possuía as cores azul, vermelha e verde ao mesmo tempo. Sentado ao lado dele havia um casal que possuia um formato semelhante a tartarugas (não menos bêbados que ele) discutindo com um casal, que possuía um formato semelhante a cágados, ferozmente com os mais diversos e convincentes argumentos sobre o quanto as tartarugas eram superiores aos cágados.
 Nosso herói tinha a estranha mania de mudar de nome não tão exatamente assim, a cada 7 semanas com a contagem de tempo do planeta turístico conhecido como Algarus, que coincidentemente, tinha a mesma contagem de tempo de um planeta conhecido como Terra que muito provavelmente não terá a menor importância para essa história. Algarus, batizado em homenagem a seu líder excêntrico Algarus, era o melhor jogador de tristball do universo. Mas como ninguém conhece esse esporte provavelmente ninguém se importa. Atualmente utilizando o nome Vash, nosso personagem aparentava ter um pouco mais de 20 anos, utilizava roupas largas azuis, possuía uma aparência humana, cabelos espetados, uma cara de deboche que irritava a todos ao qual olhava (diz a lenda que um cartão postal mandado por Vash para o líder de uma nação autoritária causou um dos maiores e mais sangrentos conflitos da história, mas a versão oficial dos motivos desse evento, foi uma discussão que teve origem em uma boate) e um tapa-olho sobre seu olho esquerdo. Acreditava-se que Vash era cego devido a uma confusão que ocorreu em uma boate, mas de acordo com ele mesmo foi em um bar.
 O motivo das contantes mudanças de nome do personagem era, de acordo com ele, se tornar invisivel perante os olhos da lei e assim consequentemente ficaria livre de perseguições implacáveis da polícia intergalatica. Ele nunca esteve em uma perseguição antes então ele assumia que estava funcionando. Outros motivos para isso que ele jamais admitiu é o fato de as vezes enjoar de seu próprio nome ou acabar simplesmente se esquecendo de qual nome ele está usando no momento.
  De repente entra correndo pelas portas da frente desesperado uma figura estranha, esse ser era seu melhor amigo e 2 ° no comando,Qarry.
 Qarry era uma criatura no mínimo estranho. Ele era da raça conhecida como porps, uma raça fedorenta que nunca acrescetava em nada para o universo. Sua cara era parecida com a de um porco, suas orelhas eram as de um porco, tinha o rabo de um porco. Depois de uma longa análise e consideração o autor chegou a conclusão que Qarry não possuia nenhuma diferença para um porco comum, tirando o fato que ele falava e se vestia mal, o que levando em consideração quantos seres falam e se vestem mal pelo isso realmente não é nada demais. Qarry tinha o dom de inventar os piores palavõres das galáxias. Ele inventava tantos palavrões, ofensas e maldições que ele foi considerado por muitos em diversos lugares um dos grandes gênios da comédia.
-Vash onde está você? Onde está você? Ah, está aí deitado no chão. - Disse Qarry sem parecer surpreso.
 Vash aparentava ter mormurado alguma coisa, Qarry tentou ouvir o que ele dizia mas aparentemente ele estava falando algo sobre io-iôs e decidiu deixar pra lá.
-Chefe temos que sair daqui agora. Deu ¨$%&%, temos que fugir.
-Eu pareço estar em condições de correr? - Disse Vash, que realmente não tinha condições de correr. Ele tentava se levantar mas mostrava uma dificuldade absurda para isso. Seu cérebro mandava a mensagem para seu corpo que ele deveria levantar mas as mensagens ou não chegavam a seu destino correto ou não levavam as ordens corretas.
-O que aconteceu com você? - perguntou Qarry que não demonstrava muito interesse no que aconteceu.
-Eu desmaiei algumas vezes, nada demais. Você ja me encontrou em pelo menos em 4 condições piores só essa semana, e ainda é segunda.
-Deveria ter bebido alguma coisa, se sentiria melhor. - Qarry não era muito esperto, a raça dele só era realmente boa em fazer propagandas de televisão, péssimas pinturas de arte, problemas familiares e começar terríveis ditarudas militares.
-Vou me lembrar disso. O que diabos aconteceu pra você estar tão desesperado?
-A polícia intergalatica nos encontrou, temos que fugir daqui antes que cheguem explodindo tudo como nas outras 7 vezes da semana passada. Temos tido semanas bem agitadas não?
-Pra que todo esse pânico? É só entrarmos na nave, colocarmos uma música adequada e fugir deles como sempre fazemos. Você dirige.
-Eles já estão aqui.
-Ok talvez não de tempo de colocar uma música adequada. Mas é só fugirmos não?
-Estamos sem combustível.
-Esse era seu único trabalho, encher o tanque enquanto eu descansava nesse banco, que aliás, eu fiz perfeitamente. Por que diabos você não reabasteceu a nave?
-Eles não tinham troco pra 50...
-Você podia ter roubado a gasolina não?
-Não vou roubar um frentista chefe, não sou um monstro.
Trabalhar em postos espaciais era considerado por muitos uma das piores profissões possíveis. O salário era baixo, mas tão baixo que por muitas vezes você perdia dinheiro no fim do mês. Independente do salário sempre havia muitas pessoas dispostas a trabalhar com isso, mas como não estamos aqui para julgar ninguém continuaremos com a história.
-Olha eu acho que é uma emergência, podia ter dito que ele poderia ficar com o troco...
-Eu disse! Mas ele respondeu que não precisava da minha caridade e esfregou o dinheiro na minha cara!
-Meu Deus, aparentemente eu tenho que fazer tudo por aqui...
Vash levantou rapidamente, chutou com tanta força o banco sob o qual estava desmaiado que um dos super heróis começou a chorar, sacou duas armas dos bolsos, subiu em cima da mesa (precisou de uns 2 minutos pra isso e ajuda do casal de tartarugas que usou isso como argumento para se dizer superior aos cágados) e olhando para todos com um olhar de deboche, deixando todos realmente nervosos, ele gritou com todas as forças:
-EI TODOS VOCÊS, EU SOU VASH E EU SOU UM PIRATA ESPACIAL. TODO O SEU DINHEIRO E BENS PESSOAIS AGORA PERTENCEM A MIM, como é? AH SIM, ALGUÉM TEM TROCO PRA 50?


Capítulo 2 : Super-heróis e um acordo suspeito

Tonyzk era um dos poucos hippies sobreviventes do universo. Ele vivia em um planeta desolado em um dos mais antigos e desinteressantes sistemas galáticos do qual se tem registro. Esse sujeito sempre trabalhava em planos minuciosos e altamente complexos que tinha como propósito principal trazer paz entre os seres vivos. Mas a vida não era fácil para ele pois seu arqui inimigo, Bonytzk, também hippie, fazia planos minuciosos mas com o propósito de fazer as pessoas amarem umas as outras. Cada um deles se julgava superior ao outro, com um motivo verdadeiramente puro e diziam constantemente que o plano alheio era uma desculpa para servir de inspiração a músicas de rock ultrapassadas. Essas discussões sempre trazia defensores de ambos os lados e acabavam gerando conflitos sangrentos que chegavam a durar milênios.
Depois de inúmeras prisões ambos decidiram se unir e criar uma máquina que tinha os poderes de :"trazer a paz e fazer as pessoas amarem umas as outras". A máquinas infelizmente teve o efeito oposto e mais conflito foi gerado.
Ambos foram proibidos terminantemente de pregarem paz e amor ao próximo e decidiram que talvez fosse melhor encontrar um emprego comum pois as fianças não iriam se pagar sozinhas.
Os dois entraram em uma empresa extremamente famosa nos confins do universo onde faziam parte do departamento criativo.
Em uma tarde, no final do expediente, ambos se direcionaram para o presidente da empresa e disseram:
-Senhor, temos uma idéia brilhante que vai mudar eternamente o destino dessa empresa!
-Ótimo, já não era sem tempo, espero que toda essa idéia de vocês tenha a ver com...
-Paz e amor ao próximo! -O presidente nem sequer teve tempo de finalizar sua frase, que terminaria com "vender enciclopédias".
-Vocês não estavam proibidos terminantemente de pregar a paz e seja lá o que for?
-Sim mas não podemos deixar essa gente nos dizer o que fazer! Temos que salvar o universo das guerras, fome e tudo mais!
-Essa é a coisa mais estúpida que eu ouvi em toda a minha vida, não importa que a placa na nossa porta de entrada diz "por um futuro melhor", nosso propósito exclusivo aqui é unicamente vender enciclopédias por preços razoavelmente acessíveis. Vocês estão aqui para criar capas coloridas, são hippies pensei que seriam bons nisso!
-Pois quer saber de uma coisa? Estávamos enganados sobre essa empresa! Nos demitimos e vamos fazer o bem para o universo nós mesmos! Não é como se precisássemos de um salário pra isso! Deixe estar você e suas enciclopédias, vai lastimar esse dia, vai pagar caro por isso quando a paz chegar!
Ambos ainda sonhavam com um mundo onde as pessoas fossem felizes e legais umas com as outras mas não haviam mais seres interessados em abandonar seus empregos subalternos e lutar pelo bem do universo.
Ao andarem de volta em direção a agência de empregos do planeta Magaleia, algo de possibilidades tão indiscutivelmente baixas acabou acontecendo. A vespa que vaga pelo espaço, conhecida por muitos como vespa espacial lanuz acabou atacando Tonyzk e Bonytzk. A Vespa é extremamente venenosa e como consequência de sua ferroada tem os seguintes efeitos : Náusea, dor de cabeça, cansaço, dores nas juntas, dor de estômago, fadiga, incapacidade momentânea de voar, morte instatânea se tiver seis ou mais braços e claro, super poderes.
De fato essa é uma vespa muito requisitada e procurada pelos seres de cinco braços ou menos e houve muito interesse com relação a essa vespa. A enciclopédia do qual trabalhavam Tonyzk e Bonytzk havia dito uma vez em sua edição de outono que a vespa espacial Lanuz tem a capacidade de dar superpoderes a aqueles que forem atacados por ela. Houve uma verdadeira movimentação universal atrás dessa vespa com o propósito de ganhar os tais super poderes, mas infelizmente, a enciclopédia esqueceu de deixar claro que a Vespa Lanuz roxa e rara tem a capacidade de dar super poderes, a vespa Lanuz de cores comuns e não rara simplesmente causa a morte. Como consequência houve um verdadeiro genocídio e uma verdadeira enchurrada  de processos em cima da enciclopédia que levaria qualquer empresa a falência. Eles continuaram no ramo devido um pedido de desculpas e uma amostra de arrependimento que colocaram na porta de entrada com os seguintes dizeres :"por um futuro melhor". Isso causou uma verdadeira comoção pública e todos os processos foram retirados.
Empolgados com os poderes que ganharam, os dois hippies perceberam que agora que tinham super poderes poderiam realizar seus sonhos em relação a todos os seres vivos e o universo. A questão é que eles não pregavam seus ideais de fato, eles simplesmente batiam em bandidos pregando tecnicamente ainda mais violência.
Depois de uma discussão sobre a paz ser mais importante que amor ao próximo ambos se separaram. Bonytzk se tornou um super vilão, conquistou todo um sistema solar e até ganhou um filme em sua homenagem. Tonyzk continuou pregando a paz através de palavras como super herói por vários anos até ficar de saco cheio, revelar sua identidade para todos e ser preso, pois ele estava tecnicamente proibido de pregar a paz.
Depois de vários anos preso ele finalmente foi solto, seu cabelo antes comprido agora era raspado, sua cara de pacifista se tornou mais séria e mal humorada e havia uma tatuagem em seu braço esquerdo.
Assim que colocou os pés fora do presídio decidiu que precisava beber alguma coisa e se dirigiu ao bar flutuante mais próximo. Mas demonstrando um talento inapto para o azar, um super herói aposentado que se sentava a seu lado o perturbava constantemente perguntando se ele deveria ter revelado sua identidade para o mundo cada vez que Tonyzk pensava em beber alguma coisa. Quando finalmente o sujeito que o perturbava se moveu do local e ele finalmente poderia beber em paz,  um assalto ocorreu no bar não permitindo que ele terminasse sua bebida por dois sujeitos que se auto intitulavam piratas espaciais.
-Muito bem seus vermes, façam uma fila e um por um vão passando tudo o que tiver no bolso e façam isso rápido pois não estou com paciência para sujeitos patéticos como vocês!
-Chefe?
-Silêncio Qarry. Essas minhas armas gêmeas tem potência suficiente para fazer um buraco em uma nave blindada de aurora prestes a entrar na velocidade da luz então não se atrevam a me desafiar, pois como já mencionei, eu não estou de bom humor!
-Chefe?
-Diabos, diga o que quer Qarry!
-Ninguém está prestando atenção no que o senhor está dizendo...
-Mas como assim??? Isso é um assalto não me ouviram? - Disse Vash com cara de raiva mas no fundo tinha vontade de chorar.
-Sim, sim, ouvimos - disse o barman - um assalto em um bar, muito criativo.
-Mas, eu estou armado...
-Cara isso é um bar, todos nós estamos - Disse o barman tirando uma arma debaixo de seu 4° braço mecânico que aparentemente era muito mais forte que as armas de Vash.
Vash desceu um tanto quanto desanimado do banco enquanto Qarry olhava pra ele com olhar de condolência. A polícia provavelmente viria de imediato depois da cena mas aparentemente essa tentativa de assalto foi tão fracassada que até onde se sabe pode ter afugentado os policiais do local.
-Senhor, uma pergunta! - Disse Qarry com um olhar confuso.
-Diga meu bom e fiel amigo!
-Qual foi o propósito desse assalto? Apenas precisávamos trocar nosso dinheiro e os policiais estavam atrás de nós.
-Veja bem meu caro amigo, tudo isso é uma estratégia de uma complexidade que apenas os seres mais inteligentes e superiores da galáxia poderiam entender!
-Ah sim entendo, mas semana passada o senhor começou um assalto em uma banca de revistas porque a dona do local havia nos perguntado as horas e...
-Estratégia.
-Mas e na semana retra...
-Estratégia, e não me faça repetir novamente.
Vash começa a olhar lentamente ao redor analisando friamente as pessoas no local enquanto Qarry tinha um pensamento preocupado de que talvez seu amigo tivesse sérios problemas psicológicos.
 Nosso mprotagonista de dirigia em direção a cada um dos clientes pedindo por favor que trocassem seu dinheiro para que ele pudesse fugir do local antes que a polícia o prendesse. Infelizmente a maioria dos clientes estava bêbado demais para responder ou simplesmente perguntavam se ele era o comediante stand-up que deveria ter aparecido a uma hora. Vash até mesmo tentou abusar da psicologia com as tartaruas dizendo "por favor troque meu dinheiro, uma tartaruga de verdade faria isso" mas infelizmente a resposta foi "somos inteligentes demais para cair em um truque velho desses" que acabou servindo como argumento para mostrar que as tartarugas eram superiores aos cágados.
 Depois de até receber uma aula da stripper de 4 metros dizendo que ela não deveria ser discriminada devido o que ela faz com o próprio corpo que, infelizmente, não teve muita atenção por parte de Vash pois ele não tirava os olhos de seu decote a porta da frente se abre e 5 policiais espaciais altamente armados entram no local.
 Quando a esperança começa a definhar-se um super herói vem ao resgate de nosso personagem em apuros. Tipo, literalmente.
-Escute eu sei o que é pedir a todos por algo e não ser ouvido. Eu vou ajudar você.
-Você vai trocar meu dinheiro?
-Não, eu acabei de sair da prisão e infelizmente não posso nem pagar pelo que não bebi. Mas eu conheço aqueles guardas que estão vindo te prender. Um deles eu ajudei a fazer as pazes com a irmã enquanto eu ainda cumpria pena, o outro ensinei a compor canções românticas. Vou até lá, peço dinheiro emprestado, enrolo eles, você enche o tanque e se manda daqui.
-Sério? Você vai me ajudar só por isso mesmo? Porque compreende a dor de ser ignorado?
-Não, você é idiota? Eu preciso de um favor seu, um favor muito importante. Depois de você ter fugido daqui eu irei te procurar e quero que você cumpra ele de um jeito ou de outro. Entendido?
-Mas que favor é esse? - Diz Vash com o olhar assustado se perguntado se esse cara era algum tipo de psicopata antes de ganhar poderes.
-Não tenho tempo para explicar tudo. Você não tem escolha. Irei até lá pegar o dinheiro pra vocês.
Vash observa de longe o super herói conversando com os policiais espaciais, eles riam bastante e até apontavam para os dois piratas que acenavam de volta sem graça enquanto Qarry tnha flashbacks da noite de formatura.
O herói retorna depois de uma longa conversa com um olhar sério e diz:
-Vocês tem 5 minutos para encher o tanque e fugir. Entendido?
-Mais do que suficiente - Diz Vash, sabendo que o tempo não era suficiente mas não queria parecer desesperado.
-Ótimo e não se esqueça de nosso trato.
-Pode confiar em mim, eu não vou esquecer disso tão cedo... - Diz nosso anti-herói realmente perturbado enquanto se perguntava quais as atrocidades que esse sujeito deve ter feito no passado.


Capítulo 3 : Figurinhas, botões e fugas espacias 

-Chefe podemos mesmo confiar naquele super herói? - Perguntou Qarry
-É claro que podemos, se não formos confiar em super heróis em quem iremos?
 Qarry obviamente não podia discutir a lógica das palavras de seu chefe e se caso houvesse a necessidade de sanar as dúvidas bastava olhar para trás, todos os policiais estavam bebendo junto do herói cuja bebida era o drinque não finalizado de Vash que ele não se recordava de ter pago.
 Ambos corriam o mais rápido possível em direção ao frenstista, que parecia um frenstista espacial comum, que enviava olhares de poucos amigos.
-Senhor estamos com pressa, por genileza, pode encher o tanque!
-Contanto que esse porco tenha aprendido a lição. Não é porque eu sou um frentista espacial com família ganhando o salário mínimo posto pela assembléia universal de Magarosa que preciso de sua caridade.
-Eu tenho plena certeza que ele aprendeu a lição, por favor pode completar.
-Vai ficar 30$
-Tudo bem temos trocado dessa vez, pode pegar.
-Eu já não falei que não preciso de sua caridade?
-Mas eu troquei o dinheiro!
-Sim mas você vai pagar a quantia completa assim? Sem tentar negociar? Você tem que ao menos pechinchar meu amigo!
Os policiais estavam acabando a última garrafa de uma bebida um tanto quanto suspeita mas, aparentemente, nossos anti-heróis ainda tinham um bom tempo pois eles estavam cantando o primeiro refrão de celebration de Kool and the gang, uma música que fazia muito sucesso pelo universo mas ninguém tinha muita idéia de onde ela havia surgido e muitos diziam que era melhor nem saber.
- Ok - disse Vash tentando manter a calma - Eu pago 10$ pelo tanque cheio, tudo bem?
- Apenas 10? Você está querendo me roubar? Vocês por um acaso são assaltantes? Estão de brincadeira comigo??? Eu vou chamar a polícia porque isso é quase como roubar um cego! POLÍCIA!!!
-Calma, calma ,calma não precisa disso, vamos devagar com tudo isso amigo.
Calma era uma das poucas coisas que certamente ajudariam no momento, ir devagar certamente não ajudaria em nada. Vash tentou lidar com a situação mandando Qarry lidar com a situação.
-Muito bem... quanto você quer pela gasolina?
Ao dizer isso podia se ouvir vindo do bar ;

Celebrate good times, come on! (Let's celebrate)
Celebrate good times, come on!
It's a celebration!
Celebrate good times, come on! (Let's celebrate)

Isso era um péssimo sinal pois todos já tinham ouvido esse refrão cerca de seis ou sete vezes, a música possivelmente já havia passado da metade.
-Eu não posso falar quanto eu quero, isso vai totalmente contra o processo de pechinchar.
-Ok vou dar  25 pela gasolina, estamos entendidos?
-O que? Ela vale trinta!!!
-Mas você disse que queria pechinchar!
-Sim, MAS ELA VALE TRINTA!
Qarry havia de fato e com toda a certeza absoluta perdido a paciência. Se fosse observado com atenção a sua cara poderia ser notado que fumaça saia de suas narinas, talvez porque ele estava realmente nervoso, ou porque estava frio o que também pode ter alguma relevância no assunto. Tomado por sua fúria Qarry disparou uma verdadeira sequência de ofensas impronunciáveis por qualquer outro ser.
Antes que o frenstista dissesse algo Qarry deu um soco na cara do pobre coitado mas aparentemente com uma condição financeira instável e acabou o levando ao nocaute.
-Excelente trabalho caro amigo, sabia que agi certo mandando você agir!
-Tem idéia do que ele iria perguntar chefe?
-Acho que algo entre "você deveria trabalhar na televisão" ou " a gasolina ainda vale 30".
Ambos começaram a roubar a gasolina do frentista sem remorso afinal ele estava em condições financeiras melhores que os dois juntos. A situação por outro lado não parecia melhorar, a música havia sido parada de cantar, seja porque a música havia de fato acabado ou porque não estavam mais bebendo nada alcólico.
-Tanque cheio chefe, vamos sair daqui!
-Entendido Qarry! Espere... Eu dou as ordens por aqui! O tanque está cheio Qarry?
-Sim senhor.
-Muito bem vamos sair daqui!
A nave de Vash era absolutamente nada convencional. Na verdade era uma nave tão atípica que todos que olhavam para ela ficavam extremamente nervosos. Suas cores eram totalmente chamativas, cores que não poderiam ser reconhecidas pelo olho humano, se as pessoas olhassem para ela provavelmente teriam enchaqueca, veriam um tom entre vermelho e amarelo, além de ficarem extremamente nervosas.O formato dela certamente não parecia uma nave comum, era extremamente semelhante a uma vespa. Porque alguém faria uma nave com esse formato e cores? Boatos dizem que foi feitas pelas mesmas pessoas que criaram uma nave espacial movida por oxigênio, armas atiradoras de algodão, escovas de dentes elétricas, refrigentas sem gas e o monociclo. Acredita-se que essa nave não foi comprada pois ninguém pagaria por ela, nem sequer roubada pois ninguém jamais roubaria ela, é dito até que o seguro dessa nave garantiria o roubo dela em questão de horas mas ninguém conseguiu pagar a quantia absurda desse seguro. Essa nave espacial foi conseguida em uma partida de Pôker entre Vash e um comerciante de alguma parte da galáxia, é sabido também que Vash perdeu essa partida de pôker. Era uma nave tão estranha de formato tão estranho que as pessoas sempre achavam ainda mais estranho o fato de alguém ter a coragem de sair com ela em público, e de fato, em algumas regiões do universo foi dado como crime punível com meios de tortura drásticos se alguém for pego dirigindo essa nave. A resposta de Vash para as pessoas que olhavam torto para a sua nave sempre era "ela pelo menos voa, e você?". Infelizmente 45% das respostas eram "Sim, eu voo. E possivelmente melhor que essa nave."
 -Computador? Prepare-se para um salto na velocidade da luz. Quero a gente o mais longe possível desse lugar.
-Antes de mais nada capitão um pedido de por favor não mataria ninguém, em segundo lugar eu gostaria de dizer que...
-Silêncio máquina infâme! - Vash gostava sempre de usar ofensas em uma linguagem mais culta com seus aparelhos eletrônicos, apenas para enfatizar, sucessivamente ou não, sua superioridade - Não temos tempo a perder, a poícia pode vir nos prender a qualquer momento e EU NÃO VOU VOLTAR PARA AQUELE INFERNO - Vash nunca havia sido preso.
-Preparando para salto na velocidade da luz, vai levar aproximadamente 3 horas e35 minutos.
-Nave imprestável, ok apenas fuja na velocidade que for possível.
Se a nave de Vash era estranha por fora nem queira imaginar por dentro.haviam escadas que não levavam a lugar nenhum, caixas que aparentavam não guardar nada e uma bagunça que faria labirintos parecerem palavras-cruzadas. O aspecto mais chamativo da nave era de longe o painel, haviam tantos botões e a maioria deles de fato não servia para nada. Um deles tem uma história particularmente interessante, um engenheiro da quinta avenida do planeta Saturani tinha se tornado especialista em criar botões que não serviam para nada, seu nome era Saan. Ele antigamente era um grande projetor de naves e uma vez contemplando sua própria nave disse : "falta botões nessa nave, mas não tenho mais nenhuma função a acrescentar, bom vou simplesmente colocar os botões". As pessoas começaram a copiar o estilo dos painéis que ele projetava sempre com a justificativa "ele é um engenheiro, deve saber o que está fazendo" ou "ele é um engenheiro, logo ele está correto", a nave de Vash provavelmente foi fabricada nessa época. De fato ele ganhou muito dinheiro com essa idéia e com o tempo o sucesso começou a subir à cabeça, sua mais inventiva invenção foi um botão de não fazer nada que se multiplicava em múltiplos botões que não faziam nada. O problema é que o botão tinha um função primária para isso: se multiplicar. Infelizmente isso ia contra todo o objetivo e propósito de criação desses botões, logo a idéia foi um fracasso. Ele foi a falência e teve que largar todo seu negócio. Após perder o emprego ele se tornou corretor de impostos e também se tornou o maior colecionador de figurinhas do Durango kid de todo o universo, mas como ninguém sabia do que se tratava basicamente ninguém deu a mínima.
-Quão longe estamos do nosso ponto de decolagem computador?
-Mais ou menos 16.000 kms.
-Ótimo e continue correndo, não quero ver aquele super herói nunca mais na minha vida.
De repente foi sentido uma batida muito forte na nave a ponto de tirar eles um pouco do percurso.
-O que diabos foi isso? Computador! Informe-me o que provocou tal acidente!
-Nada detectado capitão. Provavelmente apenas um meteorito. Olha sinceramente eu trabalho nessa nave a muito tempo e nunca recebi ao menos um...
-Silêncio computador. Preciso definir nossa próxima rota. Qarry diga-me, para onde devemos ir?
-Bom chefe talvez a gente consiga algum serviço na quinta lua de Algaruz. Chefe... O nosso destino sempre é lá.
-Muito bem levantado amigo Qarry, computador você tem suas ordens.
Antes que o computador fizesse alguma reclamação várias naves cercam nossos piratas espaciais.
-Pirata espacial e Qarry, vocês estão presos, por favor saiam com as mãos na cabeça!
-Mas o que diabos, como fomos encontrados? Nosso radar não detectou nenhuma nave por perto, quanto mais um exército!
O que Vash não sabia é que o meteoro havia acertado, infelizmente, o sistema defensivo de segurança que tem como função revelar se há algum problema na nave e que infelizmente, em 5 minutos, iria indicar que o radar que tem a função de detectar se há naves ao redor, estava com defeito.
-Eu não serei preso! Vocês não podem provar nada!
-Como não podemos? O frentista que vocês assaltaram e agrediram está aqui conosco! Como se atrevem a fazer isso com alguém que possui um trabalho desses? O que? Vocês quiseram dar dinheiro de caridade para ele? Nem sequer quiseram pechinchar? Vocês foram longe demais...
-É só isso? Por que diabos estavam atrás da gente no bar flutuante?
-Queríamos um autógrafo de Qarry, o porco. Somos grandes fãs da velha série de comédia dele que passava no canal 9. O que não esperávamos é que vocês iriam assaltar um pobre frentista! Podem sair devagar da nave, garanto que a pena de vocês será muito, muito longa.


Capítulo 4 - Que a justiça não seja feita 


 Existem inúmeras penitenciárias no universo. E por inúmeras leia- se "um número não tão grande assim." Entre elas a mais famosa certamente é a prisão de Baxter Strongest. "Por que ela é a mais famosa?" vocês podem estar se perguntando. A resposta é o fato dela ser a prisão no qual são presos os piores criminosos de todo o universo. Se você alguma vez sequestrou o filho de um presidente intergalático, roubou naves espaciais republicanas ou pronunciou palavras terminadas em L no planeta Nogerél você muito provavelmente será enviado para esse lugar. Como é essa prisão? Simplesmente um dos lugares mais maravilhosos de toda a existência universal. Essa cadeia foi projetada por um dos maiores visionários que já existiu, Baxter - Lester que coincidentemente era também um engenheiro, motivo pelo qual tudo o que ele disse foi levado a sério. O plano era simples : construir o lugar mais maravilhoso que já surgiu no universo e colocar os piores prisioneiros do mundo nele. Qual o propósito de se colocar criminosos terríveis em locais maravilhosos e felizes? O propósito desse plano era muito simples : estaremos abrigando a escória de todo o universo. Um universo praticamente infinito, com uma quantidade basicamente infinita de seres vivos. Tem noção do quão terríveis eles são? Não existe prisão no mundo que seguraria essas pessoas, elas facilmente fugiriam e voltariam para a sociedade. Então e se ao invés de colocarmos eles em prisões tenebrosas e fedorentas colocarmos eles em penitenciárias com ar condicionado, TV a cabo, sorvetes importados e todos os luxos possíveis? Eles provavelmente iriam gostar tanto do lugar que jamais iriam querer sair, deixando toda a sociedade em segurança! Com esse propósito em mente Baxter Strongest foi criado, um verdadeiro sucesso.
 Baxter Strongest é um lugar tão bonito e perfeito que até vendedores de cachorros-quentes e roupas de luxo abriram suas lojas frente à esse lugar. A justificativa para isso era: "ninguém jamais iria querer cometer um crime na frente de uma delegacia e quem está lá dentro jamais iria conseguir sair". Esse ponto de comércio acabou se tornando o lugar mais seguro de todo o universo. Até o slogan desse local era: "Baxter Strongest, um lugar bem agradável. Você não vai querer estar lá."
 Infelizmente não foi para este lugar que nossos recentemente presos heróis não heróis foram levados. Eles foram levados para a prisão de Lester Strongest, criada pelo mesmo engenheiro que criou Baxter Strongest. Qual o motivo dele ter feito duas cadeias? Baxter  Strongest foi feito com dinheiro dado pelo governo com a intenção de serem feitos centros penitenciários. O problema é que eles deram tanto dinheiro para isso que acabou sobrando uma quantia um tanto quanto considerável. Baxter-Lester até perguntou se poderia dar o dinheiro que sobrou para a caridade mas a resposta foi um "não, esse dinheiro é apenas para prisões e nada mais". Totalmente desinteressado com o que sairia desse dinheiro Baxter acabou criando, não intencionalmente, a pior prisão do mundo. Até o slogan para o local deixava isso bem claro : "Lester Strongest? Não é tão agradável assim. Você REALMENTE não vai querer estar lá."
 Vash e Qarry foram guiados através de um corredor acinzentado com grades não menos acinzentadas e com um enorme grupo de mal encarados presos que, pela expressão nada amigável, pareciam odiar objetos acinzentados. Cada cela possuía dois delinquentes e entre eles estava um robô de cor um tanto quanto grená, quatro braços, uma esteira no lugar de pernas e antenas no lugar das orelhas. Ele estava preso sob a acusação de atirar em quatro pessoas ao mesmo tempo enquanto ainda exercitava outra.
  Dividia cela com ele um leão azul com dois chifres enormes usando uma camisa regata, um jeans, uma tatuagem em forma de coração no braço esquerdo e uma barba mal feita. Ele estava preso sob a acusação de ser um criminoso muito estereotipado.
  Na cela ao lado havia uma criatura rosada, de 2 metros de altura, olhos vermelhos, dentes pontiagudos, uma capa preta, rabos de escorpião que exalavam veneno. Ele estava preso sob a acusação de causar ataques cardíacos múltiplos quando realizou uma visita de caridade ao asilo do planeta Butsy.
 O mais terrível de todos os criminosos ali presentes era uma criatura tão vil que tinha que ser colocada em uma cela isolada de todos, essa era a cela de Bill a caixa. Uma simples caixa marrom onde se podia colocar sapatos e outros utensílios femininos. Seus crimes foram tão terríveis e tão indescritíveis que são basicamente imensionáveis. O plano ideal era leva-lo para Baxter Strongest mas havia um medo especial pela segurança de todos que viviam naquele centro penitenciário. E próximo a ele. E no mesmo sistema solar.
- Muito bem, - Disse o guarda -  antes de guiar vocês dois para suas celas me sinto na obrigação de dizer os seus direitos. Aquele mesmo blá, blá, blá de sempre. Vocês tem direito a um telefonema. Podem ligar para qualquer sistema galático mas por favor não demorem muito porque a ligação não vai sair barata. Recomendo que liguem para um advogado.Qual de vocês dois irá usar o telefone primeiro?
- Não se preocupe Qarry, eu cuido disso. - Falou Vash com ar de determinação.
- Vai ligar pra quem chefe?
- Algarus, o cara é rico. Obviamente vai conseguir tirar a gente daqui.
- Genial chefe!
- Escritório do senhor Algarus.- Disse a secretária que trabalhava em período integral com péssimas condições salariais conhecida como Jenny. Uma mulher azarada, tinha um salário quase nulo, trabalhava junto de diversos incompetentes e um chefe relapso, havia acabado de perder o namorado para sua arqui inimiga e os bolinhos que havia esquecido no forno provavelmente já teriam queimado. Apesar de tudo ela tinha um belo sorriso.
- Oi Jenny minha querida, o negócio é o seguinte, eu e o Qarry estamos presos e eu gostaria muito se a gente pudesse... - Antes que ele pudesse ao menos terminar de falar ele pode ouvir distintamente Jenny dizer "Ah Vash conta outra" terminando com "vai se ferrar".
- O que aconteceu?
- Ela desligou na minha cara! Qarry lide com essa situação!
- Jenny por favor não desligue, temos mesmo que falar com Algarus!
- Tudo bem mas diga o motivo real, sem essa besteira de que vocês foram presos. Por favor conta outra. Vash preso... É mais fácil eu desistir desse emprego e seguir minha sonhada carreira de atriz. Aproveitando o assunto você acha que eu deveria fazer isso?
- Vash encheu a cara e bateu em um meteoro de novo e estamos ficando sem oxigênio!
- Ok nisso eu posso acreditar. Vou passar para Algarus agora mesmo. E obrigada pela ajuda, acho que vou me tornar uma atriz e abandonar esse emprego. Vou sempre me lembrar de tudo o que você fez por mim.
 Uma música pop de péssimo gosto começa a tocar no telefone enquanto Qarry espera por Algarus. Um fato interessante é que muitos tentaram explicar o que era a música pop de fato e basicamente ninguém chegou a mesma conclusão. Alguns chegaram a conclusão de que a música pop pode ser definida como "a música tocada por instrumento nenhum", outros à conclusão de que é a perfeita união de robótica e efeitos sonoros pois uma máquina produzirá os instrumentos e o vocal enquanto a pessoa será o apelo visual. Mas de todas as inúmeras conclusões a mais aceita foi de que a música pop era tocar instrumentos desconhecidos, usar as roupas mais coloridas possíveis sem causar ataques epiléticos pois isso é trabalho das luzes do palco e dançar loucamente com o maior número possível de pessoas no palco.Cerca de 15 minutos se passaram e finalmente Algarus atendeu:
- Qarry meu bom e velho amigo! Em que posso ajuda-lo? Como vai nosso bom e velho amigo Vash?
- Nada bem chefe, estamos presos. Por favor não desligue. Nós estamos presos mesmo! Por favor cara nos ajude, somos jovens e não queremos morrer aqui. Sei que você tem bastante dinheiro e poderia nos dar uma força...
- Ahhh ... Aqui não é Algarus... É o irmão mais novo dele... Ruppert... Vou ver se meu irmão se encontra ... Vai levar só um minuto!
- Vash você sabia que Algarus tinha um irmão?
- Não. Boa gente?
- Não sei, nunca falei com ele.
- Bom, Qarry não? Tenho uma boa e uma má notícia pra você. - Disse Ruppert - A má é que meu irmão está passando por sérias dificuldades financeiras. Praticamente toda sua fortuna acumulada foi roubada por uma caixa que está passando no noticiário a cada 15 minutos. Quem diria que uma criatura tão maligna de fato existia né? Ele mandou avisar que sente muito e vai torcer com muito entusiasmo para que toda a sua fortuna seja recuperada e com isso ele possa tirar vocês da cadeia. E também lhes deseja boa sorte.
- E a boa notícia?
- Estaremos enviando uma bomba de oxigênio para vocês nesse exato momento. Só precisa me passar as suas localizações! Alô?
Ambos não tinham muita escolha a não ser aceitarem ser levados para suas devidas celas. Era um lugar escuro e totalmente depressivo.Vash tentou bolar inúmeros planos de fuga mas nenhum deles serviria no momento. Todos tinham como requerimento armamento pesado, mantos de invisibilidade e uma chave para a cela. Antes que pudessem ao menos se acostumar com o local a ponto de o ver como um novo lar o mesmo policial que os levou até o telefone retornou com mais péssimas notícias.
- Muito bem espero que tenham conseguido um bom advogado pois o julgamento de vocês dois começa imediatamente.
- Mas estamos presos a pouco mais de 10 minutos! - Exclamou Qarry desesperado, Vash havia desmaiado.
- Sim mas devido diversos problemas recentes devido o tempo de espera decidimos fazer os julgamentos o mais rápido possível.
- Que problemas recentes devido o tempo de espera?
- Os criminosos fugiam durante o tempo de espera. Em especial na sua cela pois ela tem um buraco enorme atrás da cama que leva diretamente para uma fábrica de foguetes. Por favor queiram me acompanhar.
- Chefe acorda, estamos indo à julgamento! O que faremos?
- Não se preocupe amigo, deixe que eu cuido de tudo! - Disse Vash mostrando uma incrível e não justificável confiança em si mesmo.
O tribunal estava cheio, diversas pessoas assistiam o julgamento com olhares furiosos como se gritassem por dentro "se o veredicto for culpado que sejam devidamente condenados, se o veredicto for inocente que sejam condenados da mesma maneira pois não estamos aqui para ver ninguém ser solto". A sensação de ser o criminoso em um juri espacial com essa atmosfera é semelhante ao que um pudim sente no meio da rua durante um desfile de elefantes. E como as coisas tem a tendência para piorar o juiz estava furioso pois perdeu sua sessão de apreciação do cinema moderno que iria ao ar exclusivamente hoje para realizar o julgamento de um porco e um sujeito de cabelo sem noção que, obviamente, eram culpados.
- Senhor Qarry e Vash, os senhores são acusados de roubar um frentista que obviamente não tem condição de sustentar nem a si mesmo e ainda por cima questionar a sua integridade, não pagar pela bebida que tomaram em um bar flutuante, realizar uma fuga na velocidade da luz em uma rede altamente congestionada, resistir à prisão, demorar em um telefone policial realizando ligações inter-urbanas. O que alegam?
- Obviamente inocente meritíssimo! - Disse Vash, que seria o advogado de defesa dele próprio, mexendo os braços tão compulsivamente que apenas duas coisas poderiam resultar disso : Ele voar ou deixar todos nervosos. Ele ficou no chão. - Eu jamais tive a intenção de previamente assaltar o pobre frentista tão pouco questionar a sua integridade! Não fui eu que demorei nas ligações inter-urbanas e acredito que o super herói tenha pago minhas bebidas! Não é dito pelo manual de boa conduta galático que se alguém assume seu lugar em um bar é no mínimo educado que ele pague pelo que você bebeu anteriormente? Peço minhas humildes desculpas aos policiais que eu possa ter ferido durante minha tentativa heróica e espetacular de fuga, mas temos que levar em conta que eu era um homem desesperado! Eu sempre cumpro com a minha palavra! Eu estava realizando um trabalho para, o senhor deve conhecer excelência, o grande líder mundial Algarus! Sim o maior jogador de tristball da história!
- O senhor disse Algarus o grande jogador de Tristball? - Perguntou o juíz.
- Sim senhor... - Respondeu Vash.
- Que surpresa inesperada! Eu sou um grande fã de tristball! O melhor esporte já criado, disso eu não tenho dúvidas!
- O senhor realmente gosta de tristball? Sério mesmo?
- Sim, algum problema com isso?
- Certamente que não excelência! Mas é um esporte tão incomum... Certamente é alguém de gosto muito refinado! - Disse Vash que já conseguia ver a luz da liberdade.
- É isso que o faz ser brilhante! As jogadas espaciais, os gols flutuantes, os jet-packs, os tempos cronometrados de 35 segundos para realizar as jogadas!
- O senhor quis dizer 20 segundos para realizar as jogadas não?
- Não. Eu sou um grande fã de tristball e sei perfeitamente que o tempo cronometrado é de 35 segundos!
- Acredito que o senhor esteja enganado nesse ponto. Uma vez fui ver um jogo com o próprio Algarus e o tempo cronometrado era de 20 segundos!
- 20 segundos... Onde eu vi isso? Seu cretino farçante! - Disse o juiz furioso que parecia que acabara de ver sua filha chutando um cão faminto - Agora sei de onde é esse nome!!! Algarus! Ele é o jogador de Tristball galático, não de tristball espacial! Esse esporte tem jogadas galáticas, gols flutuantes, jet-packs e tempos cronometrados de 20 segundos! Uma verdadeira ofensa para o esporte e o bom gosto! Senhores levem esses dois para as suas devidas celas! Culpados !!! 10 anos de cadeia!!!
 Após o veredicto ambos foram levados para outro local da prisão. Aqui tudo era pior. A cela era dividida com vários detentos, as cores acinzentadas continuavam acinzentadas mas por algum motivo eram ainda mais acinzentadas e os detentos pareciam odiá-las ainda mais. Outros quatro criminosos dividiam a cela  com Vash e Qarry, três que pareciam criminosos perigosíssimos e outro que parecia um verdadeiro idiota. Um desses criminosos possuía uma história interessante. Ele vem de uma raça rara que se comunicava através de mordidas brutais no ante-braço. Mordidas tão brutais que poucos tiveram coragem de tentar compreender o idioma. O problema disso é que ele foi preso devido a mordidas brutais em civis inocentes quando que, ele simplesmente queria perguntar " que horas são". O mais triste é que cada vez que ele queria se comunicar com alguém na prisão ou simplesmente pedir um copo d'água ele acabava, não intencionalmente, aumentando sua pena em 10 anos. Ele geralmente passava noites contando sobre seu tempo de liberdade do qual as televisões ainda não possuíam cores.
- Chefe o que vamos fazer? Temos que dar um jeito de sair daqui! - Disse Qarry que mostrava um desespero agonizante.
- Não se preocupe meu bom amigo. Eu resolverei isso. Quando que eu deixei de resolver qualquer problema? Enquanto estávamos sendo julgados eu passei todo o tempo elaborando um plano para fugirmos! Por que outro motivo você acha que perdemos o caso? Mas para fugir vou precisar de algumas coisas... Você por um acaso não teria com você uma moeda, um grampo de cabelo, um pente para bigodes e uma bota?
- Sim chefe, tenho tudo isso.
- Ótimo! Ah sim claro, eu já ia me esquecendo, você tem uma chave?
- Infelizmente uma chave eu não tenho...
- Droga Qarry! Sabia que não poderia contar com você! Ficaremos todos presos!!!
- Sinto muito chefe.
 Vash resmungou algo, virou-se para uma parede e ficou emburrado. De vez em quando ele murmurava coisas incompreensíveis que estava deixando os outros detentos ainda mais nervosos do que o comum. Qarry ainda tinha esperanças pois Vash aparentava estar pensando em um elaborado plano de fuga. E as horas passavam e nenhum plano havia surgido desde então. Qarry já estava até perdendo as esperanças pois Vash parecia estar pensando em coberturas de pizza do que de fato em um plano para fugir da prisão. De repente quando menos se esperava Vash virou para Qarry prestes a dizer alguma coisa.
- Merda.
 Após dizer isso Vash virou-se e continuou emburrado. Mais algumas horas se passaram e todos os criminosos se colocaram à dormir. Após um amanhecer deprimente era horário de almoço. A fila no refeitório era tão deprimente que fazia a comida parecer boa, independente de ser algo acinzentado com gosto de ovo cru e cheiro de queijo velho. A cozinheira era alguém excessivamente grande, algo em torno de 3 metros de altura e muita barba na cara. No fundo daquele refeitório havia uma mesa com cerca de 8 pessoas falando em voz baixa. Vash e Qarry se sentaram na mesa ao lado e acidentalmente ouviram a conversa:
- É só esperar até o anoitecer.
- Ainda precisamos de mais alguns parceiros pra esse plano funcionar.
- Não aguento ficar mais um dia nesse lugar. Eu tenho certeza que a minha comida está se mexendo!
- Oloco cara, a minha também!
- Desculpe interromper vocês - Disse Vash - Mas a comida de vocês realmente se mexeu?
- Sim cara, coisa de loco não?
- Com certeza! Lugar horrível.
 Vash virou pra frente tentando acabar sua refeição enquanto pensava "que sujeitos simpáticos".
- Chefe? Pergunte sobre o plano! - Disse Qarry
- Plano? Ah verdade bem pensado!
- Ei gente, poderia me dizer que plano de vocês é esse?
- Tava ouvindo a gente cara?! Perguntou o detendo com uma expressão furiosa.
- Hmmmm.... Não.
- Então tudo bem. É o seguinte. Temos um plano de fuga. Estamos planejando a quase 20 anos. Nós usamos as antenas daquele robô ali para fazer contato com nossos amigos que estão soltos. Muito legal que depois de 20 anos um deles finalmente conseguiu se casar, uma linda história. Bom continuando, nós pedimos para esses amigos nos ajudar a sair daqui. O plano consiste em : Eles se vestirem de cozinheiras e colocarem bombas A2 dentro dos sacos de lixo que serão levados para a lixeira próximo ao portão de entrada. Elas serão ativadas para explodir exatamente em 19 horas. Antes que elas explodam meu amigo aqui vai encenar um ataque cardíaco, obviamente acabará sendo convincente afinal ele era um ator televisivo. Assim que os guardas entrarem nós os nocautearemos, sairemos correndo escondidos pelos corredores e iremos em direção dos portões principais que a essa altura já estará explodido. O local vai estar cercado de guardas mas felizmente nossos amigos que estão plantando a bomba voltarão para a prisão pelos portões do fundo e nos auxiliar em combate. O problema é que não temos ninguém para vigiar os guardas da prisão para evitar que soem o alarme de fuga e para dar a mensagem a nossos companheiros que a barra está limpa para eles se juntarem à nós em combate.
- Nós podemos fazer isso! - Disse Vash.
- Eu acho que não. Por que deveríamos confiar em vocês?
- Por favor - Gritou um detendo da mesa ao lado - Confiem neles. Se eu os ouvir roncando mais uma noite irei decepar meus ouvidos.
- Ok vocês podem dar a mensagem para nossos parceiros? Eles vão vir para a nossa cela que fica no final do corredor.
- Claro sem problemas.
 Ambos ficaram tão satisfeitos que até se esqueceram de suas comidas, o que foi bom pois elas atacaram alguns dos guardas dos quais eles deveriam lutar no outro dia. Vash e Qarry não pregaram o olho a noite toda empolgados com a chance de fugir desse inferno mas algo ainda preocupava Qarry:
- Chefe? Tem certeza que devemos ficar de vigia? Pensando bem, se ficarmos aqui vigiando não vamos poder fugir da prisão!
- Não se preocupe amigo Qarry. Já pensei nisso. Vamos pedir para alguém ficar de vigia em nosso lugar enquanto aproveitamos a oportunidade para fugir!
- Genial chefe! Mas quem?
Vash rapidamente virou-se para o prisioneiro com cara de idiota.
- Ei amigo, acorde - Disse ele dando cutucões no ombro do criminoso com cara de idiota que ainda estava dormindo - O que acha de fugir daqui? Tudo o que você precisa fazer é vigiar guardas inconscientes e falar para uns camaradas que eles podem entrar em combate enquanto nós fugimos! Temos umas 4 horas pra isso então preciso de uma resposta imediata!
 Alguns minutos se passaram e nenhum dos dois se movia. Vash até se perguntou se deveria fazer alguma pergunta ou continuar em silêncio.
- Você está falando comigo? Você é um sonho? Pois acho que isso é o que um sonho diria!
- Não camarada, eu não sou um sonho. O que você acha de fugirmos daqui? Aceita fazer o que eu te propus?
- Ah não sei. Tudo isso parece muito trabalhoso. Por que não me pergunta amanhã de noite e vejo se participo.
- Não temos tempo, preciso de uma resposta agora.
- A sei lá...
- Ótimo! Estamos contando com você! O futuro de vários foras-da-lei depende de seus esforços!
- Sim senhor!
 As horas passaram voando. Em pouco tempo ocorreu uma explosão terrível, digna das mais famosas e poderosas bombas A2. Em alguns minutos pôde ser ouvido alguém gritando que estava tendo um ataque cardíaco. Uma atuação tão ruim, mas tão ruim que só podia ser verdade. Alguns golpes depois alguns criminosos passaram correndo abrindo as celas com as chaves roubadas do guarda nocauteado.
- Ok amigo. Está na hora de fazer a sua parte. - Disse o criminoso de ontem - Lembre-se, vigiar os policiais e dar a mensagem aos nossos amigos. Entendido?
- Entendido. Pode deixar que vou fazer um bom trabalho.
Os criminosos fugiram do local rapidamente. Um deles disse claramente "idiotas, vão ficar aí para sempre" e um deles estava tão alegre que estava chorando de felicidade. Vash não demorou e foi com Qarry e o criminoso idiota para a cela onde estavam desmaiados os policiais.
- Ok camarada, agora é com você. O seu dever é : Vigiar os policiais, não deixar eles sair daqui e dar a mensagem a nossos amigos, que estão por vir, que eles devem entrar em combate.
- Ok, entendido - Vash estava de saída quando... - Vigiar seus amigos e não deixar eles dar uma mensagem.
- Não, não. Você vai vigiar os policiais e dar a mensagem para nossos amigos.
- Ok eu entendi. A que horas você vai voltar?
- Eu volto mais tarde. Me espera aqui tudo bem?
- Pode deixar. Eu preciso vigiar os policiais. E não fazer mais nada.
- Você precisa dar a mensagem também. - Disse Vash
- Que mensagem?
- A nossos amigos que estão vindo, dar a mensagem que eles podem entrar em combate.
- Meus amigos estão vindo é?
- Sim, mais tarde. Mas alguns amigos que você ainda não conhece estão vindo pra essa cela e você tem que falar pra eles que devem entrar em combate.
- Tudo bem. Eu entendi. Mas e se os policiais quiserem sair daqui?
- Eles não vão sair daqui. Porque você não vai deixar eles saírem daqui. Eles tem que ficar aqui, presos, enquanto você vigia eles.
- Mas e se eu quiser sair, posso levar eles comigo?
- Não, não. Você vai ficar aqui e não vai sair. Nem você, nem eles sob circunstância alguma.
- Ok entendi. Eu vou ficar aqui, vigiar os policiais e esperar seus amigos.
- Isso. E dar uma mensagem pra eles.
- Que mensagem?
- Que eles podem entrar em combate.
- Entendi totalmente.
 Vash que por motivos desconhecidos estava muito mais calmo que o comum e repetiu tranquilamente "vigie os guardas" e colocou amigavelmente a mão no ombro do encarregado criminoso "e dar a mensagem para nossos amigos que eles podem entrar em combate".
- Sim senhor pode deixar comigo.
Após ouvir isso Vash e Qarry correram em direção ao portão de entrada onde uma verdadeira guerra acontecia. Explosões, tiros e tudo mais acontecia. Os criminosos já haviam entrado em batalha contra os policiais e seu número era inferior mas com o futuro reforço tudo se resolveria. O portão destruído estava a poucos metros de distância, a liberdade estava a alcance assim como o criminoso com cara de idiota que estava correndo atrás de uma borboleta.
- O que está fazendo por aqui? - Disse Vash preocupado - Fez seu trabalho?
- Fiz sim senhor.
Após dizer isso vários guardas surgiram do corredor do qual os criminosos vieram sucumbindo rapidamente seu número.
- Eu vigiei nossos amigos, não deixei eles saírem e dei a mensagem aos guardas que eles poderiam entrar em combate!
O tribunal estava cheio, diversas pessoas assistiam o julgamento com olhares furiosos como se gritassem por dentro "se o veredicto for culpado que sejam devidamente condenados, se o veredicto for inocente que sejam condenados da mesma maneira pois não estamos aqui para ver ninguém ser solto". E como as coisas tem a tendência para piorar o juiz estava furioso pois perdeu sua sessão de apreciação do cinema futuro que iria ao ar exclusivamente hoje para realizar o julgamento de um porco e um sujeito de cabelo sem noção que, obviamente, eram culpados.
- Senhor Qarry e Vash, os senhores são acusados de roubar um frentista que obviamente não tem condição de sustentar nem a si mesmo e ainda por cima questionar a sua integridade moral, não pagar pela bebida que tomaram em um bar flutuante, realizar uma fuga na velocidade da luz em uma rede altamente congestionada, resistir à prisão, demorar em um telefone policial realizando ligações inter-urbanas e assassinar uma borboleta utilizando ela como arma para espancar um de seus colegas de cela. O que alegam?
- Obviamente inocente meritíssimo! - Disse Vash, que seria o advogado de defesa dele próprio, mexendo os braços tão compulsivamente que apenas duas coisas poderiam resultar disso : Ele voar ou deixar todos nervosos. Ele ficou no chão. - Eu jamais tive a intenção de previamente assaltar o pobre frentista tão pouco questionar a sua integridade! Não fui eu que demorei nas ligações inter-urbanas e acredito que o super herói tenha pago minhas bebidas! Não é dito pelo manual de boa conduta galático que se alguém assume seu lugar em um bar é no mínimo educado que ele pague pelo que você bebeu anteriormente? Peço minhas humildes desculpas aos policiais que eu possa ter ferido durante minha tentativa heróica e espetacular de fuga, mas temos que levar em conta que eu era um homem desesperado! Eu sempre cumpro com a minha palavra! Eu estava realizando um trabalho para, o senhor deve conhecer excelência, o grande líder mundial Algarus! Sim o maior jogador de tristball da história! E para deixar claro poucos danos foram causados ao criminoso, os médicos afirmam que ele deve sair do coma em breve.
- O senhor disse Algarus o grande jogador de Tristball? - Perguntou o juiz.
- Sim senhor - Disse Vash instantes antes de ter um deja vu - O grande jogador de tristball espacial!
- O que?! - Disse o juiz furioso - Eu odeio Tristball espacial! Eu gosto de Tristball galático! Esse esporte tem jogadas galáticas, gols flutuantes, jet-packs e tempos cronometrados de 20 segundos diferente daquele tristball espacial ridículo!. Uma ofensa ao esporte e ao bom gosto! Guardas leve-os daqui! Mais 10 anos de prisão!
 De volta à mesma cela como se nunca tivessem saído. Tirando o fato de que agora ficaria mais 10 anos nela. Na cela à frente os dois juizes haviam sido presos por brigarem no estacionamento sobre algo relacionado a política, cotidiano e tristball.Restavam poucas esperanças para Vash e Qarry que provavelmente teriam que cumprir toda a sua pena ou serem mortos pelos criminosos que tinham bolado o plano de fuga, que não estavam muito felizes com o resultado. Quando tudo parecia perdido uma explosão enorme ocorreu na parte de trás de suas celas. Sob os escombros e a fumaça podia se ver a figura de uma homem voando com uma capa ao vento.
- A quanto tempo não vejo vocês dois. Espero que estejam prontos para cumprir o nosso acordo.- Disse o super herói.

Videogame é coisa de criança?

A vida não é apenas sobre passar os nossos genes. Nós podemos deixar muito mais do que apenas DNA, através das palavras, música, literatura e filmes... Aquilo que vimos, ouvimos, sentimos, raiva, alegria e tristeza, essas são as coisas que eu desejo passar adiante. É para isso que eu vivo. Nós precisamos passar a tocha e deixar nossas crianças ler o nosso legado e nossa triste história através de sua luz, nós temos toda a magia da era digital para fazer isso. A raça humana provavelmente vai chegar ao seu fim um dia e novas espécies podem governar esse planeta. A Terra pode não ser eterna mas ainda temos a responsabilidade de deixar o maior número de traços de vida que pudermos e assim mantermos nosso legado. Contruir um futuro e manter o passado vivo são formados pelos mesmos fundamentos básicos. Fazer a minha parte da melhor maneira possível, é para isso que eu vivo.

Metal gear solid.

Talvez seja 42

Você ja se perguntou qual o sentido da vida, do universo e tudo mais? A resposta para isso é muito simples :calcule a hipotenusa e o cateto com as medidas qualquer de um objeto qualquer e adcione a fórmula matemática do sistema intergalático de zohan. Entendeu o sentido da vida? Eu também não...

Já ouviu isso?

Nosso mundo é um perfeito exemplo de ironia, existem 5000 pessoas com a mais complexa capacidade de contar as mais incriveis e emocionantes histórias em seus mais incriveis e emocionantes mundos. Mas existem apenas duas pessoas com a mais simples capacidade :ouvi-las

Um pouco sobre cinema

Nós vamos para o cinema para entrar em um novo, fascinante mundo, para habitar outro ser humano que no começo parece tão diferente de nós e ao mesmo tempo no coração é igual a nós, para viver em uma realidade ficcional que ilumina a nossa realidade diária.Nós não queremos escapar da vida mas sim encontrá-la.